sexta-feira, 31 de julho de 2015

O que significa amar...

"Se você quiser entrar na lógica dos amores que você ama, você vai ficar louco ou vai ser considerado louco, porque você leva o mesmo prejuízo da cruz cada vez que você ama. E não há nada que possa nos identificar mais com o Cristo crucificado que o momento que nós amamos alguém. Sabe por quê? É o momento que você toca aquilo que você tem de mais precioso e puro. É o momento que você descobre dentro de você aquele sentimento mais puro que mora dentro de você, por uma razão muito simples: é água mais pura que Deus fez em você, é a sua capacidade de amar.
Não estou falando dos amores interessados, das amizades interesseiras, casamentos por conveniência, não! Eu estou falando do momento em que você se volta para aquele que não merece o seu amor e mesmo assim o ama com toda a capacidade do seu coração. É disso que eu estou falando.
E eu tenho a alegria de poder dizer que nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que consigo amar sem interesse, cada vez que consigo me doar por alguém é o meu coração que ganha em qualidade.
E você sabe muito bem disso. Quantas vezes o seu amor pareceu prejuízo aos olhos dos outros? Quantas vezes as pessoas olharam para você e disseram "você é um idiota, você é um louco, olha o que é que você faz por amor". Não importa! É o que você tem de mais puro, mais precioso. Aí você pode resolver com essa frase que o Lulu Santos escolheu pra colocar nessa música: o que você ganha e o que você perde ninguém precisa saber. É seu."
(Padre Fábio de Melo)


sábado, 25 de julho de 2015

O que você quer?

O que você quer (Roberto Carvalho)

O que você quer 
Você não deixa de querer tão fácil 
Bêbado você ainda quer 
Em perigo você quer 
Perdido, ainda quer 
O que você quer 
O que você quer mesmo 
Permanece em você, todo mundo vê 
Na cadeia você não deixa de querer 
No hospício não deixa de querer 
No inferno, ainda quer 
O que você quer 

O que você quer 
O que você quer de verdade 
O que você quer 
O que você quer de verdade 
O que você quer (o que você quer) 
O que você quer 
Estará com você quando você se lembrar 
O que você quer 
Estará em você quando você não se lembrar 

O que você quer 
Não perde no baralho 
Dinheiro não compra 
Conselhos não matam 
O tempo não toma, o que você quer 
Cego você continua querendo 
Velho você continua querendo 
Onde você estiver continua tendo 
O que você quer


E você, o que você quer?

domingo, 5 de julho de 2015

Cenas antológicas de novelas por amor - Ruth e Marcos em "Mulhetes de Areia"

Ruth, a irmã gêmea que se passa pela irmã Raquel por amor ao homem que a irmã lhe tomou, para que ele não sofresse com a (suposta) morte de Raquel, decide contar a verdade a Marcos:

Marcos: Eu vim te buscar.
Ruth: Você falou com seu pai?
Marcos: Ele disse que você não eatá grávida... que ficou desequilibrada com as compras que ele fez e veio embora.
Ruth: Lembra que antes de você viajar eu queria ... te falar uma coisa?
Marcos: Era isso?
Ruth: Não... não era isso não. É muito mais sério... Eu queria ter falado...
Marcos: Não fala mais nada... não fala mais nada... não precisa. Eu já sei de tudo.
Ruth: Sabe, o quê?
Marcos: O que você tem pra me contar eu já sei há muito tempo... Ruth!
Ruth: Então, você sabe?!
Marcos: Você é a minha Ruth!
Ruth: Desde quando?
Marcos: Faz tempo...
Ruth: Mas..
Marcos: Eu sonhava tanto com esse momento, eu queria tanto que você falasse...
Ruth: Como é que você descobriu?
Marcos: Eu fui juntando as coisas, fui montando o meu quebra-cabeça...
Ruth: Que vergonha..
Marcos: Por quê? Não, não, não fala assim!
Ruth: Você sabia de tudo e eu... fingindo...
Marcos: Mas não tem problema. Hoje, você criou coragem... Está sofrendo por quê? Por que você está com medo? Está com medo de que?
Ruth: Você sabe..
Marcos: Tinha medo de me perder né?
Ruth: (Sinal positivo com cabeça).. eu tomei o lugar da mulher que você amava.
Marcos: Presta atenção numa coisa: quando eu confirmei o que eu já sabia, eu me senti o homem mais fsliz do mundo, porque eu sempre te amei e vou continhar te amando pro resto da minha vida.
Ruth: Jura?
Marcos: Eu juro. Eu sempre te anei. Desde o primeiro momento, que eu te dei una carona na
estrada..


Aos 19:30

Cenas antológicas de novelas de amor - Rafael e Serena em "Alma Gêmea"

Terê, o menino órfão acolhido por Serena, adulto, escreve a história da cidade, proferindo o discurso:

"É uma emoção muito grande eu estar aqui.
Eu era um menino de rua, até que a Serena cuidou de mim.
Aprendi a ler com o seu pai Kátia, o avô de vocês, meninas, Seu Elias, que Deus o tenha. Ele me ensinou o amor pela leitura. Hoje, eu sou um escritor.
Essa história é de vocês, sobre vocês.
A senhora, Dona Agnes, Ciro.
[Agnes: Eu fico grata, Terê!  Muito grata por ter lembrado de mim.]
É a história de um encontro de duas almas gêmeas. Duas almas que não podem se separar por toda a eternidade. Alma gêmea.
Eu escrevi essa história, na verdade, eu fui um canal de um mistério maior. Coração. Esperança. Não morrem.
Eu sei que ... eu ... eu, você, todos nós vamos nos encontrar em muitas vidas.
Aqui, na eternidade. Em outros futuros. Pra sempre. Porque a alma ... a alma é o verdadeiro ser do homem."


Cenas antológicas de novela de amor - Linda Inês e Flamek de Fera Ferida

Cenas do Capítulo 75 da Telenovela Fera Ferida encenada pelas personagens Raimundo Flamel/Feliciano Júnior (Edson Celulari) e Linda Inês (Giulia Gam):

"Eu queria que você olhasse nos meus olhos para ver que estou sendo sincero.
Pra você ver que eu não estou falando apenas com a minha boca, e sim com todo o meu coração.
Eu quis vir pra Tubiacanga pra me vingar, sim.
Eu tentei ficar afastado de você porque ... porque você era a lembrança mais doce, mais pura, mais feliz que eu tinha dessa cidade.
Eu tinha medo de ... de destruir essa lembrança.
Desde o dia em que eu saí dessa cidade, expulso com os meus pais, eu nunca mais tive felicidade.
Até o dia que eu não pude mais fugir do meu destino ... e deixei que o meu amor que eu tinha e que eu sempre tive por você viesse à tona novamente.
Eu te amo, Linda Inês. Eu sempre te amei. E vou te amar até o fim dos meus dias."







segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Qual dor dói mais?

Tenho que ser forte. Mas já estou com saudades. Como é traiçoeira essa porcaria de saudades. A razão diz "esqueça, agiu bem, siga em frente". E aemoção já comprou passagem, pulou atrasada no último vagão daquele trem vagaroso. Já está viajando. Lamenta o-quê-não-viveu. Certa vez conversava com um amigo, há muitos anos, sobre as dores do coração. Discutíamos delas qual dói mais, se a de ter perdido ou a de nunca ter vivido. Na época, ele conhecia e falava com propriedade da primeira - ter perdido - e eu da segunda - nunca ter vivido. Eu defendia veementemente a minha dor sem mesmo conhecer a dele. Isso aconteceu há uns doze anos. Meu amigo casou, tem filho, formou familia. Não sei se superou aquela perda. Diz-se por aí que não de todo. Casou-se com uma moça muito parecida fisicamente com aquele amor perdido. Não sei, perdemos o contato próximo. Eu não me casei. Mas, nesse meio tempo, que nem foi tao meio assim, pude vivenciar as duas dores. Da perda e do não-viver, além de bônus extra no quesito "dores emocionais". Li num lugar por aí "colecionaDOR". Eu adoro colecionar. Via sentido nesse destaque da palavra apenas ao fazer com ela referência ao desapego e os benefícios que ele pode trazer pra leveza humana. Mesmo assim, sem muito sentido profundo. Hoje, vi outra significação nessa escrita. Eu sei colecionar dores. E é viciante, como toda coleção. Quase uma obsessão. Quando a vida trouxe uma, e duas, e três, fui pegando o jeito de lidar com essa situação. Ela tornou-se conhecida e, pois, confortável, pra mim. Administrar o conhecido é relativamente fácil, estamos na nossa zona de conforto. O contrário da dor, em última instância, o amor, este passou a ser um desconhecido completo. E, como tal, temido. Assustador. Aterrorizante. Só uma vaga lembrança, reminiscências, aquelas que ficam carimbadas no nosso interior. Medo. Cheguei a preferir uma dor certa do que uma felicidade incerta, arriscada. Medo. E por hoje é só. Porque escrever alivia dores emocionais. E minha coleção me curva os ombros neste momento. Voltando ao assunto desviado: qual dor dói mais?
A não-vivida.
A dor do amor perdido punge certamente. Mas pelo simples fato de ter sido experimentada, aqueceu, fez calor, transformou. Fluiu, moveu, movimentou, transformou, frutificou. Nasceu, viveu, morreu. Sobreviveu, em alguns casos. Teve chance! É sim. Respirou, gritou no mundo, deu o ar da graça. Vibrou energias. Cumpriu algum tipo de missão. Uniu algo. Plenificou-se como pôde.
Ah... A dor de não ter vivido é triste porque é seca, infértil. É falta, é lacuna, é buraco. É não. É escuridão. É cheias de "e se..." E carrega uma bagagem pesada de expectativas frustradas. É nó, no peito, na garganta, que não desata. É castelo desmoronado, é casa mal-assombrada, é tempo mal-resolvido. É triste, é sofrência que demora da gente.