segunda-feira, 6 de julho de 2020

Fuja de homens bonitos

Tento me afastar de estereótipos. Mesmo. Mas as estatísticas têm sido implacáveis: homens bonitos são péssimos companheiros.

Primeiramente, não sou feminista e estou escrevendo tendo como referência os padrões da sociedade. Que, sim, parece que vem sendo rompidos pelos movimentos atuais. E considero um ganho. Mas minha referência é o padrão, ao menos neste texto.

Voltando, quando digo companheiros, é no sentido de companheirismo, cumplicidade, parceria afetiva.

Aqueles caras galãs de capa de revista dos anos 80, no fundo, são inseguros narcisistas que estão pouco preocupados em construir algo.

Daí uma ressalva, para quem quer uma aventura, toca o barco, pode ser que seja legal.

Entretanto para você, amiga caminhoneira, que pretendo construir algo, seja uma relação duradoura, família, com ou sem filhos, desaconselho homens considerados bonitos.

Ouvi de um desses galãs que já era lindo, inteligente e isso e aquilo, logo não precisava ser "muita coisa mais". Sem comentários.

Outros tem um autoculto ao corpo que revela uma grande inegurança consigo. Tira o "corpo", sobra muito pouco ou nada a oferecer.

Outros não ligam para a mulher, desde que ela o idolatre, está bom. Não se atentam às necessidades dela, aos desejos, apenas aos deles. E dão umas migalhas em troca.

Outros competem quem é o mais bonito. Pelamor.

Outros, ainda, usam a boa aparência para ostentar uma imagem social e acobertar uma fragilidade emocional fragilíssima.

Enfim, deve haver quem não faça jus ao título do péssimo companheiro, mas não é a maioria. E eu diria que é bem raro.

Fique esperta.


domingo, 23 de outubro de 2016

Última cena de Mulheres de Areia: força do amor

Última cena de Mulheres de Areia.
Ruth e Marcos conversam ao sair de uma ilha e pegar o barco:

- E pensar que eu quase te perdi..
- No fundo, eu sabia que a gente ía ficar junto. Eu acredito na força do amor.
- Eu também. O amor me ensinou tanta coisa, me ensinou a lutar, me defender, eu nunca fui tão feliz.
- Eu também.
- Pra onde é que nós vamos?
- O caminho não importa.
- Vamos atrás dos nossos sonhos.
- Da nossa estrela...
- Você é a minha estrela!
- Eu te amo!
- Eu também te amo. Muito. Pra sempre.
FIM


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Do amor e das responsabilidadea sobre ele

"Não, meu bem, não adianta bancar o distante lá vem o amor nos dilacerar de novo..." (Caio F.)


E ele veio, e eu cai como um peixe bobo na rede pela primeira vez, ainda que não fosse. Mas acreditei que fosse a última. Estupidamente, crendo no para sempre.
Só eu, nesta pós-modernidade líquida de Baumann.
Tempo de desapego. Apegar-se é crime, um ilícito, um atentado social.
Acreditar no amor quando todas as condições são desfavoráveis, então, é o fim dos tempos. É atestado de idiotia.
E, aí, que se colocam vários rótulos para o sentimento daquele que sofre por um amor não correspondido: obsessão, compulsão, ego ferido, desejo frustrado etc. Além da própria negação sa concepção se amor, afeto porque pra isso "teria que ser bonito". Só que poder ser amor ninguém aceita. Nem lembra que a realidade não sobrevive de teorias.
E surgem as diversas teorias sobre amor. Válidas até. Relativas à pessoa que sente talvez.
O que sinto dói. A perda do ser amado dói. E é sobre isso que falo hoje.
Muito bonitas e equilibradas as teorias orientais, mas não resistem ao coração abandonado. Não ao meu, pelo menos.
Os sentimentos demoram em mim. A digestão não é instantânea. E nem poderia porque envolve tempo, escolhas, lutas, enfrentamentos. Tudo isso requer uma alta dedicação à vida a dois.
Há que se abdicar de algumas individualidades para escolher os dois. De ambos oa lados.
Essas gerações de pegar e desapegar...  Não me encaixo.
Fiquei pensando no que Padre Fábio de Melo falou, certa vez, sentimentos profundos demoram dentro da gente.
Numa ocasião, uma pessoa muito amiga me procurou dizendo estar mal por um sentimento de amor. Conversamos longamente num final de semana, quando o rompimento estava recente. Eu acreditei naquela dor. No final de semana seguinte, a pessoa me disse estar perdidamente apaixonada por outra pessoa e, inclusive, já estava se envolvendo com essa terceira.
Então pensei como couberam dois sentimentos tão profundos da mesna natureza por duas pessoas diferentes e, ao mesmo tempo tão efêmeros, num lugar só? A mim, não era. Fogo de palha.
No meu interior, o verdadeiro mantém-se.
Até pode adquirir certas feições que alguns estudiosos da afetividade humana nomeiam de outras coisas.
Mas ele resiste ao tempo e vai mostrando sua face. Perdendo as arestas mal aparadas. Os vícios. E fica o que é. Calmo e sereno.
Pode até se transformar. Pode não.
E perdura. E é perene. E finca raízes. E afronta até o tempo.
E fiquei pensando como teria sido um tanto aliviante poder falar sobre quem já se deparou com isso tudo. Já teve que enfrentar isso na carne nua e crua, sem ser considerado um louco. Ou ser, mas não ser marginalizado por isso. Caio. Hilda. Clarice. Que estejam em lugares melhores que o meu.
Concluo com um trecho de "Pequenas epifanias" de Caio F.:, a quem peço as palavras por não tê-las melhores:


"O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo(a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER." 

sábado, 16 de janeiro de 2016

Sobre auto-estima

"Procura-se alguém para receber todo o amor guardado durante muito tempo em mim.
Amor genuíno, autêntico, pura energia saudável, toques e carícias sutis, intensas e cheias de alma.
Procura-se alguém que saiba e goste de receber amor. Alguém que se sinta à vontade com isso, que se permita ser tocado no corpo e na alma num só ato.
Procura-se, urgentemente, alguém que saiba o que é adoecer por não ter a quem doar o seu amor. Não precisa retribuir, basta receber o meu amor por todo o corpo e no fundo do coração. Ele é terno, suave e verdadeiro. Se você se interessar é só me procurar em silêncio. Não conta pra ninguém. Ninguém precisa saber. Você me encontra fácil. Assim espero.
Eu moro em você. No seu peito afixiado, agoniado, esquecido e abandonado porque você me conhece pelo nome de fragilidade, mas na verdade eu sou mais um ser humano comum.
Eu sou você.
Se você topar receber esse amor, pode me aceitar sem medo ou vergonha alguma. Afinal, auto-estima não é pecado, não mata e nem adoece. Abandono, sim.
Eu sou você dizendo que te amo e que tenho guardado todo o amor do mundo para te dar. Se você receber o meu amor, eu te prometo te recompensar com saúde, felicidade, paz de espírito, prosperidade e muita, mas muita alegria. Porque já não serei mais aquela melhor parte de você esquecida em você, que você renega por medo de amar e de ser feliz.
Auto-estima não mata. Auto-abandono, sim.
E não esqueça: que a sua próxima relação amorosa será exatamente igual a relação amorosa que você tem com você mesmo.
E para que ela seja amorosa, é preciso que esteja intensamente com o foco voltado ao afeto"
("Somos mais interessantes do que imaginamos" - Arly Cravo.)

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O que significa amar...

"Se você quiser entrar na lógica dos amores que você ama, você vai ficar louco ou vai ser considerado louco, porque você leva o mesmo prejuízo da cruz cada vez que você ama. E não há nada que possa nos identificar mais com o Cristo crucificado que o momento que nós amamos alguém. Sabe por quê? É o momento que você toca aquilo que você tem de mais precioso e puro. É o momento que você descobre dentro de você aquele sentimento mais puro que mora dentro de você, por uma razão muito simples: é água mais pura que Deus fez em você, é a sua capacidade de amar.
Não estou falando dos amores interessados, das amizades interesseiras, casamentos por conveniência, não! Eu estou falando do momento em que você se volta para aquele que não merece o seu amor e mesmo assim o ama com toda a capacidade do seu coração. É disso que eu estou falando.
E eu tenho a alegria de poder dizer que nessa vida eu levo prejuízo o tempo todo, mas eu me alegro em cada prejuízo que levo, porque cada vez que consigo amar sem interesse, cada vez que consigo me doar por alguém é o meu coração que ganha em qualidade.
E você sabe muito bem disso. Quantas vezes o seu amor pareceu prejuízo aos olhos dos outros? Quantas vezes as pessoas olharam para você e disseram "você é um idiota, você é um louco, olha o que é que você faz por amor". Não importa! É o que você tem de mais puro, mais precioso. Aí você pode resolver com essa frase que o Lulu Santos escolheu pra colocar nessa música: o que você ganha e o que você perde ninguém precisa saber. É seu."
(Padre Fábio de Melo)


sábado, 25 de julho de 2015

O que você quer?

O que você quer (Roberto Carvalho)

O que você quer 
Você não deixa de querer tão fácil 
Bêbado você ainda quer 
Em perigo você quer 
Perdido, ainda quer 
O que você quer 
O que você quer mesmo 
Permanece em você, todo mundo vê 
Na cadeia você não deixa de querer 
No hospício não deixa de querer 
No inferno, ainda quer 
O que você quer 

O que você quer 
O que você quer de verdade 
O que você quer 
O que você quer de verdade 
O que você quer (o que você quer) 
O que você quer 
Estará com você quando você se lembrar 
O que você quer 
Estará em você quando você não se lembrar 

O que você quer 
Não perde no baralho 
Dinheiro não compra 
Conselhos não matam 
O tempo não toma, o que você quer 
Cego você continua querendo 
Velho você continua querendo 
Onde você estiver continua tendo 
O que você quer


E você, o que você quer?

domingo, 5 de julho de 2015

Cenas antológicas de novelas por amor - Ruth e Marcos em "Mulhetes de Areia"

Ruth, a irmã gêmea que se passa pela irmã Raquel por amor ao homem que a irmã lhe tomou, para que ele não sofresse com a (suposta) morte de Raquel, decide contar a verdade a Marcos:

Marcos: Eu vim te buscar.
Ruth: Você falou com seu pai?
Marcos: Ele disse que você não eatá grávida... que ficou desequilibrada com as compras que ele fez e veio embora.
Ruth: Lembra que antes de você viajar eu queria ... te falar uma coisa?
Marcos: Era isso?
Ruth: Não... não era isso não. É muito mais sério... Eu queria ter falado...
Marcos: Não fala mais nada... não fala mais nada... não precisa. Eu já sei de tudo.
Ruth: Sabe, o quê?
Marcos: O que você tem pra me contar eu já sei há muito tempo... Ruth!
Ruth: Então, você sabe?!
Marcos: Você é a minha Ruth!
Ruth: Desde quando?
Marcos: Faz tempo...
Ruth: Mas..
Marcos: Eu sonhava tanto com esse momento, eu queria tanto que você falasse...
Ruth: Como é que você descobriu?
Marcos: Eu fui juntando as coisas, fui montando o meu quebra-cabeça...
Ruth: Que vergonha..
Marcos: Por quê? Não, não, não fala assim!
Ruth: Você sabia de tudo e eu... fingindo...
Marcos: Mas não tem problema. Hoje, você criou coragem... Está sofrendo por quê? Por que você está com medo? Está com medo de que?
Ruth: Você sabe..
Marcos: Tinha medo de me perder né?
Ruth: (Sinal positivo com cabeça).. eu tomei o lugar da mulher que você amava.
Marcos: Presta atenção numa coisa: quando eu confirmei o que eu já sabia, eu me senti o homem mais fsliz do mundo, porque eu sempre te amei e vou continhar te amando pro resto da minha vida.
Ruth: Jura?
Marcos: Eu juro. Eu sempre te anei. Desde o primeiro momento, que eu te dei una carona na
estrada..


Aos 19:30