Eu quero um amor eterno
Eu quero um amor que revele brilho no olhar
Eu quero um amor cujo cheiro me remeta ao aconchego
Eu quero um amor sem estratégias, sem joguinhos, sem artimanhas
Eu quero um amor pra quem eu não precise me privar de ligar para não parecer incomodo
Eu quero um amor a quem eu possa procurar a qualquer hora e receba colo
Eu quero um amor que jamais demonstre que eu desagrado ao procurá-lo mesmo nos momentos menos próprios
Eu quero um amor que me apoie mesmo quando o mundo estiver contra mim
Eu quero um amor que ache meus defeitos charmosos
Eu quero um amor que me ligue no meio da tarde só para dizer que sentiu saudades da minha voz
Eu quero um amor que se emocione quando vir no visor do celular meu número chamando
Eu quero um amor que vele meu sono, pelo prazer de me ver dormir
Eu quero um amor a quem eu possa confiar as minhas fragilidades
Eu quero um amor que, sabendo das minhas fragilidades, jamais as use contra mim num momento de discussão
Eu quero um amor que seja gentil com as minhas vulnerabilidades e não as utilize como arma
Eu quero um amor que saiba das minhas fraquezas, compreenda-as e me ame mesmo assim
Eu quero um amor além do bem e do mal
Eu quero um amor baseado, que a confiança seja a base sólida da relação
Eu quero um amor que me faça criar borboletas no estômago por muitos anos
Eu quero um amor com quem eu tenha boas e longas conversas, o que sustentará nossa relação na velhice
Eu quero um amor que, mesmo que esteja desapontado com o mundo, saiba que tem em mim um porto seguro
Eu quero um amor que sonhe com nossos filhos juntos
Eu quero um amor que vibre com todos os projetos a dois (de um, de outro e nossos)
Eu quero um amor que me compreenda com um olhar
Eu quero um amor que saiba o significado de transformar-se em uma só carne
Eu quero um amor que venha de outras vidas ou vá para outras ou crie elos eternos nesta vida mesmo.
Eu quero um amor que transcenda a precariedade deste vida terrena e faça valer a magnitude dessa espécie de sentimento.
Impossível.
Para juntos buscarmos formas de transformar nossas duras dores em calor humano.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Dor de amor: a segunda mais dolorida
Acabei de ouvir uma interessante palestra de um renomado profissional da área da medicina-psiquiatra e psicoterapia e fiquei refletindo sobre o que foi dito sobre a dor de amor, segundo pesquisas norte-americanas, são as mais doloridas, cedendo lugar apenas para a perda de pai jovem de um filho jovem.
Embora não tenha passado pela primeira dor (considerando filhos biológicos, pois se tratando se relação maternal, vivenciei, fato que, inclusive, me trouxe a este espaço), eu diria que a dor de amor é realmente dilacerante.
Como disse o terapeuta, é a dor da morte, de morrer para o ser amado, de desaparecer, de ser eliminado do coração que, até então te acolhia, te carinhava, te deixava confortável.
Certa vez, há muitos anos, quando comentava sobre este mesmo assunto com um amigo, ele me disse que mais dói a dor de perder um amor do que nunca ter vivido um que se desejou com todas as forças.
Na época, eu não tinha subsídios para avaliar (não tinha vivido ambas as situações), mas aquela reflexão ficou em mim.
E hoje, segundo a minha percepção (que, naturalmente, é diferente e única) dói mais amar e nunca ter sido correspondido.
Um amor vivido tem lastro, produziu frutos, tem condão de missão cumprida. Veja bem, não que nao doa, pelo contrário. Mas a dor tem natureza "balsâmica", digamos, de se ter experimentado um privilégio, de poder preservar lembranças singulares, preciosas. Há um tesouro a ser guardado.
O amor-não-vivido é oco, pobre. Não reverbera nada. É um grito desesperador no vácuo. Não produz som. Empurra garganta abaixo, sem água, uma imensidão de sensações efervescentes que jamais serão vividas. É um alimento que faz mal. Que esfrega o estômago. É um lixo que a gente acumula e depois tem a maior dificuldade para se livrar dele...
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Cenas antológicas de novela de amor: Paloma e Briuno de "Amor à Vida"
Ontem, 31/01/2014, passou na televisão o último capitulo da novata da Globo "Amor à Vida".
Uma frase que a personagem de Bruno disse à esposa Paloma foi muito marcante a mim:
"Você me deu o maior presente que um homem pode receber: um filho. Eu te amo muito, muito".
Eu acho o sentido desta frase um dos mais fortes que existem, desde que confirmado com atitudes e não da boca pra fora.
Aliás, qualquer palavra vazia de significado e atos perde qualquer efeito.
Eu acredito em palavra de honra. Que a honra do sujeito era medida pela sua palavra. Falou, está falado. Não havia necessidade de formalizar o dito com escrita, papéis, instrumentalizações. A palavra tinha sua força, gerava condutas e era respeitada como tal.
Enfim, divagações à parte, todo fim de novela tem desfechos geralmente felizes, todas as controvérsias são resolvidas, o vilão se dá mal (ou deixa os mocinhos em paz), os casais apaixonados ficam juntos, casam-se, têm filhos e são felizes.
Isso é comum um último capítulo. Por mais que não tenhamos assisto a novela diariamente, o final muita gente assiste, mesmo sem saber muito sobre. As pessoas têm necessidade de ver mais paz, alegria, felicidade, reconciliações.
Mas, em mim, essa frase do Bruno que citei teve repercussão especial e profunda.
Eu não sei se alguém diz com a intensidade que deve ser dita e com o amor que deve ser prolatada.
Fiquei com um aperto no coração, por talvez ser justamente "coisa de novela".
http://globotv.globo.com/rede-globo/amor-a-vida/v/paloma-da-a-luz-um-menino/3117923/
http://globotv.globo.com/rede-globo/amor-a-vida/v/paloma-da-a-luz-um-menino/3117923/
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