terça-feira, 16 de julho de 2013

O choro

Quantas vezes, quando você estava triste e teve vomtade de chorar, ou mesmo estava chorando, ouviu um sonoro "não chora, não!"?
Naturalmente, falo das situações de tristeza, angústias, perdas, lutos, enfim, situações que justificam esse efeito fisiológico do organismo humano.
Quando se fala em funções fisiológicas, refere-se às funções físicas, orgânicas, bioquímicas que possuímos no estado saudável, equilibrado, normal de nosso organismo. Portanto, assim como todas as outras unções fisiológicas que ocorrem diariamente em todos os seres vivos, o choro também está dentre elas.
Não há, pois, porque inibi-lo. Se ele existe, tal como as outras funções, é porque tem sua importância, seu papel, ainda, e talvez sobretudo, pelo seu caráter biopsicosocial.
Quem já não sentiu um alívio, fisìco e mental mesmo, após ter chorado profundamente em virtude de uma dor da alma?
O choro não tem o poder de remover nossas dores
 emocionais, mas, sim, o de amenizar o estado de angústia que nos encontramos justamente por causa dessas dores! Permitir uma situação de apaziguamento psicológico, mesmo que por uns instantes, o suficiente para dar fôlego para continuarmos nossa jornada (difìcil) numa direção ou outra.

Como vimos, não se preocupe em ter que deixar de dar vazão a um choro. Liberte-se.

Ademais, geralmente, quem nos repreende sequer pode dimensionar as nossas razões de estar chorando.

Numa ocasião, eu chorava desesperadamente por duas razões sérias e graves: uma sabida por todos e outra, não (por motivos que não vem ao caso), ambas de naturezas diversas, mas muitíssimo doloridas. Um parente veio até mim e afirmou que era exagero, sem saber a realidade por trás daquelas lágrimas que marcaram (duplamente) a mimha vida no mesmo dia.

Não faça juízo de valor do choro alheio.

E você, cujo peito anda apertado e o olho marejado, chore.

As águas do rio correm para tornarem-se mar, jamais serão as mesmas.





Nenhum comentário:

Postar um comentário