sábado, 2 de novembro de 2013

Quando o amor esta perto do nunca

Estava ouvindo uma música, bem conhecida até, e nunca tinha me atentado para uma parte da letra que diz "(...) If I see you next to never (...) " (I will be right here waiting for you - Richard Marx).
E me conta de que é essa a sensacao que tenho quando a circunstância me coloca diante da possibilidade de perder um ser que amo (ou nem chegar a vivê-lo, mas seria outro longo devaneio): ver alguém próximo do nunca mais!
Ouvi quem dissesse que teve forças para aproveitar o tempo que lhes restavam da melhor forma possível. Acho admirável extrair forças para usufruir sem desespero a convivência que se esvai, que se sabe finita.
Outros dizem que se afundaram em fossas deprimentes,compreensível humanidade. 
Quando foi a minha vez, eu movi o mundo para reverter o destino que poderia ser implacável (e foi...). Cheguei em lugares onde não tinha chegado até então. Reuni forças das quais até então não tinha me socorrido. Supliquei, implorei, me ajoelhei literalmente. Fiz a minha parte e pedi que o Universo fizesse a dele.
A angustia, ansiedade, agonia, desespero eram maiores que eu e o peso me curvaram as costas, os joelhos. Sufocavam-me. Mas, do que poderia ser feito, eu fiz, mais é além, e, no mais, era espera, sem garantias. Apenas vê-la próxima do nunca. E esperar.
Já faz 9 meses. Não, eu não renasci nesse tempo.
Consegui ter pequenos momentos de alegrias, sorrir por alguma coisa,
Falo dela sem chorar (não sem sentir o peito apertando). Às vezes, ainda falo e choro, mas sem soluçar naquele choro incontrolável de antes. O choro é leve, mas resistente! Como correguinho intermitente, não seca, some, mas está sempre por ali dando sinal de vida. As lágrimas descem dos olhos até chegam no coração para milhas as flores que plantamos juntas.
A dor não passa. Só tenho me acostumado a lidar com ela, que continua ali, firme, tal qual meu amor por ela!






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